sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

TERRITÓRIO FEDERAL DO GUAPORÉ


O Território Federal do Guaporé, criado pelo Presidente Getúlio Vargas no dia 13 de setembro de 1943 através do Decreto nº 5.812, sua área territorial foi composta por parte dos estados do Amazonas e do Mato Grosso. Começava assim nossa independência política, passávamos a ser uma unidade da federação.

Na imagem vemos o Presidente Getulio Vargas (1) ao lado de Aluízio Ferreira (2), na época Diretor da EFMM, subindo o porto do “Cai N’água”. Ao lado, Getulio Vargas (seta) inaugurando as casas do Bairro Caiarí. (Fonte: 17º BIS e Esron Meneses).

A criação desse novo território consolidou-se após a visita do Presidente Getúlio Vargas a Porto Velho em outubro de 1940, época em que nossa capital era município do Estado do Amazonas. Getulio Vargas foi o primeiro presidente a visitar Porto Velho e veio para ficar apenas três horas e inaugurar algumas obras: Bairro Caiarí, Vila Erse, Agencia dos Correios e a usina de eletricidade. Decidiu ficar aqui durante três dias, sendo assim, o presidente que permaneceu maior tempo na cidade.
No mesmo decreto que criou o Território do Guaporé foram criados mais quatro territórios federais: Iguaçu, Ponta Porã, Amapá e Rio Branco (atualmente Estado de Roraima). Quando foi criado, o Território do Guaporé tinha quatro municípios: Porto Velho, Lábrea, Guajará-mirim e Santo Antonio do Alto Madeira.

Cândido Mariano da Silva Rondon (1) prestigiando a posse do primeiro Governador do Território Federal do Guaporé, Aluízio Pinheira Ferreira (2) em 1943 no Rio de Janeiro, na época capital federal. (Fonte: 17º BIS).

Os municípios de Porto Velho e Lábrea pertenciam anteriormente ao Estado do Amazonas e os municípios de Santo Antônio do Alto Madeira e Guajárá-Mirim pertenciam ao Estado do Mato Grosso. No ano seguinte, em 1944, Lábrea passou novamente a pertencer ao Estado do Amazonas e em 1945 o município de Santo Antonio do Alto Madeira foi incorporado ao município de Porto Velho. Desde então, o Território do Guaporé ficou apenas com dois municípios: Porto Velho e Guajará-Mirim.
O primeiro Governador do Território do Guaporé foi Aluízio Pinheiro Ferreira, que anteriormente havia sido também o primeiro diretor brasileiro da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, nomeado pelo Presidente Getulio Vargas em 1931. O Território foi instalado no dia 29 de janeiro de 1944 numa grande solenidade em frente ao Colégio Barão do Solimões.
Aluizio Ferreira governou o Território Federal do Guaporé de 1º de novembro de 1943 a 7 de fevereiro de 1946, quando se afastou para concorrer na primeira eleição para deputado federal. Vencedor das primeiras eleições, Aluízio Pinheiro Ferreira que havia sido o primeiro governador, foi também o primeiro deputado federal eleito no Território Federal do Guaporé nas eleições de 1946. Aluízio foi reeleito em 1950, e após dois mandatos de deputado federal foi derrotado nas eleições de 1954 por Joaquim Vicente Rondon. Disputou sua última eleição em 1958 quando foi eleito novamente. Na eleição de 1962 indicou como candidato Ênio dos Santos Pinheiro, que foi derrotado nas urnas pelo médico Renato Clímaco Borralho de Medeiros.


Instalação do Território Federal do Guaporé no dia 29 de janeiro de 1944 em frente ao Colégio Barão do Solimões. (Fonte: Acervo Esron Meneses)

Através da Lei nº 2.731 de 17 de fevereiro de 1956, o Território Federal do Guaporé muda de nome e passa a chamar-se Território Federal de Rondônia, uma homenagem ao Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon.
Somente em 77, através da Lei nº 6448 de 11 de outubro de 1977, o Presidente Ernesto Geisel criou mais cinco municípios: Ariquemes, Ji-Paraná, Cacoal, Pimenta Bueno e Vilhena.
Atualmente o Estado de Rondônia, que foi criado através da Lei Complementar nº 41 de 22 de dezembro de 1981 tem 52 municípios.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Há 30 anos, Tancredo Neves era eleito presidente da República.


O ex-governador de Minas Gerais foi escolhido pelo Colégio Eleitoral após a queda da emenda que previa eleições diretas para a presidência; ele morreria doze horas antes de tomar posse.
Tancredo é eleito presidente, em 1985 - Foto: Célio Azevedo
Tancredo é eleito presidente, em 1985 – Foto: Célio Azevedo
Era 15 de Janeiro de 1985, o relógio da Câmara dos Deputados marcava 9h30 quando a sessão que definiria o próximo presidente do Brasil em eleições indiretas começou. Naquele momento, o Colégio Eleitoral contava com 686 membros – 356 do PDS e 330 dos partidos de oposição, entre os quais o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), o Partido Democrático Trabalhista (PDT), o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) e o Partido dos Trabalhadores (PT). Havia, além da apreensão depois de alguns anos de manifestações em todo o País por eleições diretas, um espectro de tensão em torno dos deputados. No ano anterior, 1984, o deputado Dante de Oliveira, de Mato Grosso, tinha apresentado um projeto de emenda constitucional com o objetivo de definir a escolha do presidente da República pelo voto direto. No entanto, a emenda foi rejeitada na Câmara, com diferença de 22 votos. Por isso, aquela sessão seria histórica, para o bem ou para o mal. Nesta quinta-feira (15), exatos 30 anos depois, a mesma história mostrou para qual dos dois lados caminhamos.

A sessão terminaria pouco depois do meio-dia. Com 480 votos a favor (sendo 166 oriundos de deputados do PDS), Tancredo foi eleito presidente do Brasil, contra 180 dados a Paulo Maluf, candidato do PDS, e 26 abstenções. O PT, contrário à eleição indireta e ao acordo feito com os governistas, optou pela abstenção e desligou do partido três deputados que votaram em Tancredo: José Eudes (RJ), Bete Mendes (SP) e Airton Soares (SP).

O presidente do PMDB, Ulysses Guimarães, entregara a Tancredo, no início de janeiro, o documento A Nova República, programa de governo do partido prevendo eleições diretas em todos os níveis, educação gratuita, congelamento de preços da cesta básica e dos transportes, renegociação da dívida externa, entre outros pontos. Eleito, Tancredo passou a representar a perspectiva de que todos os males do país começariam a ser sanados depois dos governos militares. “Não havia dúvida quanto ao resultado. Já se sabia que Tancredo seria eleito por uma grande maioria. O que havia era uma grande tensão porque não se sabia como os setores linha-dura das Forças Armadas se comportariam”, conta o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), que participou daquela sessão e que, na época, era filiado ao PMDB.

Logo após sua eleição, Tancredo fez uma série de viagens internacionais para negociar a dívida externa brasileira. Esteve em países da Europa, da América Latina e nos Estados Unidos. Voltou em meio a um sentimento de mudança muito grande da sociedade brasileira, refletida nas manifestações sociais e na atuação da imprensa. No entanto, quando do início da formação de seus ministérios, começou-se também uma certa decepção: entre os nomes estavam Antônio Carlos Magalhães no Ministério das Comunicações e Aureliano Chaves (vice-presidente do general Figueiredo) no Ministério de Minas e Energia, os dois ligados ao regime militar. No Ministério da Fazenda, de onde se esperavam as maiores mudanças de política econômica, o nome de Francisco Dornelles, sobrinho de Tancredo, conservador politicamente e adepto da ortodoxia econômica, gerou críticas internas no PMDB, que não externou tais repúdios por causa do apoio que o presidente tinha no País.

Todo o planejamento, no entanto, seria em vão: doze horas antes da posse, no dia 14 de março, ele foi internado às pressas no Hospital de Base, em Brasília, por causa de uma diverticulite. A dúvida, então, passou a ser sobre quem o substituiria: José Sarney ou Ulysses Guimarães (presidente da Câmara dos Deputados). Sarney foi empossado interinamente pelo Congresso Nacional, no dia 15. Tancredo ficou internado mais cinco dias e foi transferido para o Hospital do Coração, em São Paulo, alimentando ainda mais a tensão do País sobre seu estado de saúde, que viria a se agravar a cada dia. Os médicos ainda tentaram animar a população publicando uma foto com o presidente sentado em um sofá rodeado de médicos e assessores. A notícia chegou na noite do dia 21 de março, transmitida ao vivo no Fantástico, da Rede Globo: o assessor da presidência, Antônio Brito, subiu ao palanque improvisado em um salão do hospital. “Lamento informar que excelentíssimo senhor Presidente da República Tancredo de Almeida Neves, faleceu esta noite, no Instituto do Coração, às 10 horas e 23 minutos…”. O discurso duraria ainda alguns minutos, mas ali o Brasil já chorava a morte do primeiro presidente civil depois de 20 anos de ditadura militar.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Guerra do Paraguai, entenda este conflito.


País foi destruído e teve a população dizimada durante o conflito.
Entenda o principais fatos até a morte de Solano López.

Desenho dos uniformes utilizados pelos soldados durante a Guerra do Paraguai (Foto: Fundação Biblioteca Nacional)

O maior conflito armado da América do Sul, a Guerra do Paraguai teve início há 150 anos, em 13 de dezembro de 1864, e terminou somente com a morte do líder paraguaio Solano López, em 1º de março de 1870.

O país mobilizou quase toda sua população para a guerra, onde enfrentou o exército da Tríplice Aliança, formada por Brasil, Uruguai e Argentina. A luta estendeu-se por anos, apesar da superioridade econômica e demográfica dos países aliados.

Os motivos que levaram López a declarar guerra ao Brasil são controversos. No entanto, os estudiosos concordam que o conflito teve consequências que ainda não foram superadas pelo Paraguai. Além de perder parte de seu território, o país teve sua infraestrutura destruída e viu o extermínio da quase totalidade de sua população. Ainda hoje, o país encontra-se atrasado em relação ao desenvolvimento de seus vizinhos. Entenda o desenrolar da guerra, com um resumo dos principais fatos até a morte de Solano López:
Corpos de paraguaios mortos durante a guerra empilhados no campo.

Maio de 1864 - Brasil envia representante ao Uruguai, que vivia uma guerra civil, para discutir as ameaças sofridas por cidadãos brasileiros em território uruguaio. Os brasileiros que tinham fazendas no interior reclamavam que sofriam assaltos violentos.

18 de junho de 1864 - Enviados do Brasil, Argentina e Inglaterra se reúnem para mediar o fim da guerra civil no Uruguai, com representantes tanto do governo oficial, de Atanásio Aguirre, quanto do chefe da rebelião, Venâncio Flores. Não há acordo e a guerra civil continua.

Agosto de 1864 - Governo brasileiro ameça intervir militarmente no Uruguai, caso o governo não puna os responsáveis pela violência contra brasileiros no país. Em nota enviada a diplomatas brasileiros, governo do Paraguai protesta contra qualquer invasão do território do Uruguai.

30 agosto de 1864 - Uruguai rompe relações diplomáticas com o Brasil.

12 de outubro de 1864 - Brasil invade o Uruguai.

12 de novembro de 1864 - Em retaliação à invasão brasileira ao Uruguai, Paraguai apreende o vapor brasileiro Marquês de Olinda.

13 de dezembro de 1864 - O líder paraguaio Solano López declara guerra ao Brasil.


27 e 28 de dezembro de 1864 - Exército paraguaio ataca o forte Coimbra, atualmente na região de Mato Grosso do Sul (veja ao lado reportagem do Globo Rural sobre a invasão das tropas paraguaias ao Brasil).

Janeiro de 1864 - Exército paraguaio invade Corumbá, Miranda e Dourados.

7 de janeiro de 1865 - Decreto nº 3.371, do Império do Brasil, cria os Corpos de Voluntários da Pátria. São prometidas recompensas para quem se voluntariar à luta.

21 de janeiro de 1865 - Decreto nº 3.383, do Império do Brasil, convoca a Guarda Nacional para se juntar ao Exército. Era composta por cerca de 440 mil homens, mas pouco mais de 40 mil participaram do combate. Na época, o alistamento na Guarda tinha a função de mostrar status social.

1º de maio de 1865 - Assinatura do Tratado da Tríplice Aliança por Brasil, Argentina e Uruguai.

Junho de 1865 - Exército paraguaio invade o Rio Grande do Sul e ocupa Uruguaiana.

11 de junho de 1865 - Batalha do Riachuelo, em que a Marinha paraguaia é derrotada pelas
forças aliadas.

18 de agosto de 1865 - Soldados paraguaios em Uruguaiana se rendem.

16 de abril de 1866 - Exército aliado na Argentina cruza o rio Paraná e invade o Paraguai,
onde inicia marcha rumo à fortaleza de Humaitá.

24 de maio de 1866 - Batalha de Tuiuti, que é considerada a mais importante e uma das mais sangrentas da guerra. O exército paraguaio atacou os soldados da Tríplice Aliança que seguiam para Humaitá. Apesar das inúmeras mortes, os aliados venceram.

12 de setembro de 1866 - López pede encontro com Bartolomeu Mitre, governante da Argentina. Os dois se reúnem, mas não há acordo para o fim da guerra.

22 de setembro de 1866 - Exército da Tríplice Aliança ataca fortaleza de Curupaiti, mas é
derrotado pelos paraguaios. Foi a maior derrota aliada.

6 de novembro de 1866 - Decreto nº 3.725-A, do Império do Brasil, liberta escravos que servissem no exército contra o Paraguai.

Abril e maio de 1867 - Tropas aliadas invadem o Paraguai rumo à fazenda Laguna, mas são atacadas pelos paraguaios e obrigadas a recuar. Episódio é conhecido como Retirada da Laguna.
Igreja de Humaitá destruída.

Julho de 1867 - Tropas brasileiras partem em direção a Humaitá, para atacar a fortaleza.

15 de agosto de 1867 - Esquadra do governo imperial segue pelo rio Paraguai e ultrapassa a
fortaleza de Curupaiti, mas não tenta passar por Humaitá. Permanece seis meses entre as duas fortalezas e, apesar de bombardeá-las, não consegue destruí-las.

3 de março de 1868 - López deixa a Fortaleza de Humaitá e arma quartel-general em San
Fernando, distante cerca de 10 quilômetros.

25 de julho de 1868 - Exército aliado toma posse da Fortaleza de Humaitá.

Dezembro de 1868 - Paraguaios são derrotados nas batalhas de Itororó, Avaí, e Lomas Valentinas, no que ficou conhecido por “dezembrada”.

1º de janeiro de 1869 - Tropas brasileiras invadem e saqueiam Assunção.

5 de maio de 1869 - Fundição de Ibicuí, onde eram feitas as armas do exército paraguaio, é
destruída.

16 de agosto de 1869 - Batalha de Acosta-Ñu, em que 20 mil soldados da Tríplice Aliança
enfrentam e vencem as tropas formadas por 6 mil paraguaios, em sua maioria idosos e crianças. Em homenagem às vítimas, 16 de agosto se tornou o Dia das Crianças no Paraguai.

1º de março de 1870 - Solano López é morto em Cerro Corá. O líder paraguaio foi ferido com um golpe de lança pelo brasileiro José Francisco Lacerda, o Chico Diabo, e foi atingido por um tiro de fuzil. A morte de López marca o encerramento da guerra.

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

HISTÓRIA REGIONAL REAL FORTE PRÍNCIPE DA BEIRA


Criado em 1773, em homenagem ao primogênito da futura rainha D. Maria, que ostentava o titulo do príncipe da Beira. Construído a margem direita do Rio Guaporé e defronte ao pedregal que dificultava a navegação.

O Real forte Príncipe da Beira foi erguido no estilo Vauban, criado pelo engenheiro Domingos Sambucetti, que faleceu vítima de Malária, e não viu sua obra ser terminada sendo então substituído pelo capitão Engenheiro Ricardo franco que manteve a planta original e suas determinações.

O forte com 970 metros de perímetro, muralhas de 10 metros de altura, fosso lateral com 3 metros de largura e 2 metros de profundidade e em cada ângulo um baluarte com guarita e 14 canhoneiras.




As guaritas ou baluartes foram consagrados aos santos padroeiros:
-Santo padroeiro de Pádua.
-Santo Andre Avelino.
-As santas: Nossa senhora da conceição e Santa Barbara;
Apesar de as peças de artilharias só chegarem por volta de 1830, nunca entraram em operação.



Na parte interna, o forte possuía um paiol de munições, capela, alojamento para oficiais, casa de comando, hospital e cadeia. No meio da edificação existe um calabouço com 4 metros de profundidade e no final um quadrado que leva a um túnel que chega as margens do rio, segundo o engenheiro seria usado para o caso de saída de emergência. O material para construção do forte vinha da província do grão Pará. Ao longo da construção foram utilizados 1500 trabalhadores com uma mortandade de 50% causado pelas doenças tropicais, varíola, tuberculose febres, e que segundo reza a lenda um padre teria se apaixonado por a esposa de um dos oficiais, motivo que teria sido preso e posterior a sua prisão começou a surgir essas doenças.
Nos arredores do forte príncipe da beira nasceu o povoado de Príncipe da Beira, que viviam do cultivo de frutos, mandioca e criação de gado.
Durante o 2° Reinado, o forte foi transformado em presídio para degredados políticos, sendo esquecidos pelas autoridades, até ser abandonado no final do século XIX pelos presidentes republicanos.
No início do século XX, Cândido Mariano da Silva Rondon organizou uma expedição para explorar a região (durante a construção da linha telefônica Mato Grosso- Amazonas) redescobrindo o forte príncipe da beira em 1914, indicando ao governo a instalação de unidade Militar no local, que hoje funciona o pelotão do 6°BIS de infantaria de selva pertencente a Guajará – Mirim.



O principal objetivo da construção do forte era proteger o território contra os castelhanos.

Contudo na época da inauguração do forte, a mineração estava em declínio e o Real Forte Príncipe da Beira nunca entrou em combate, onde já não havia mas interesse por parte dos espanhóis.











Rondônia, o estado de oportunidades.

Nosso estado faz parte da Região Norte que é composta de sete estados: Amapá, Roraima, Acre, Amazonas, Pará, Tocantins e Rondônia.
Rondônia limita-se:

Ao norte (nordeste e noroeste), com o estado do Amazonas.
A leste (e sudeste) com o estado do Mato Grosso.
A oeste, com a República da Bolívia; a ponta extrema ocidental rondoniana, com o Acre.
Ao sul, igualmente com a Bolívia.

Observe que a fronteira com a Bolívia, em quase toda sua extensão, é marcada pelos rios Guaporé e Mamoré; no extremo oeste, pelo rio 
Abunã.










Economicamente Rondônia se torna paulatinamente um estado agrícola e de uma pecuária forte onde o agronegócio se destaca. E como tal preocupante no aspecto ecológico, pois é conhecida a ganância desse setor na conquista de mais espaço para produzir.

Nosso estado é  de certa forma esquecido pela grande imprensa que por ignorância ou má fé teima em reforçar o estereótipo de região ainda fora da civilização. Até que no aspecto político ainda vemos políticos rondonienses(sem generalizar) a exercer seus cargos de forma personalista ou envolvidos em falcatruas que mais enfeia o nome desse estado amazônico. E que nesse aspecto podemos até concordar com quem fala mal de Rondônia, porém no geral é preciso estudar mais o Brasil em todos os seus aspectos e ver as coisas boas que esse país tem.

Quanto a sua população vemos um pouquinho de Brasil em cada um de seus cidadãos que por aqui habitam essas terras. Mosaico de diversas culturas que por aqui aportaram e brasileiros de todo o Brasil que ajudam no desenvolvimento desse estado que tem o nome em homenagem ao marechal Rondon. Uma capital, Porto Velho, com sua tradição e cultura bem amazônica e o interior do estado já com tradição e cultura vindas do sul do país, além da contribuição dos mineiros, capixabas e nordestinos. Se a cidade de São Paulo é a cidade mais nordestina do Brasil, Rondônia é o estado mais brasileiro por causa da origem de seus habitantes. Aqui encontramos brasileiros de todos os quadrantes desse país verde e amarelo.

Economicamente Rondônia se torna paulatinamente um estado agrícola e de uma pecuária forte onde o agronegócio se destaca. E como tal preocupante no aspecto ecológico, pois é conhecida a ganância desse setor na conquista de mais espaço para produzir. Os desmatamentos são ainda constantes, além da disputa de terra em que o latifúndio sufoca o pequeno proprietário de terra. Faz-se necessário um equilíbrio entre produzir e preservar o meio ambiente. Por que somente assim para que as gerações futuras possam usufruir dessas belezas naturais, além de sobreviver num ambiente com água, comida, energia,...!

Rondônia contribui e muito para o desenvolvimento do país. Vejam a energia que é exportada para algumas partes do país. E por isso pouco recebe. Talvez seja pela incompetência dos nossos “ilustres” representantes políticos que se contentam com tão pouco que Brasília concede em recursos. É preciso que nós que moramos aqui em Rondônia cobre mais empenho dos políticos para que esse estado tenha seu desenvolvimento e reconhecimento pela grandiosa contribuição que dar ao crescimento e desenvolvimento do Brasil.


quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

EXPEDIÇÃO DO MARECHAL RONDON, EXPLORAR É PRECISO.





O processo de conquista colonial  na região amazônica tornou-se uma das margens do Novo Mundo, um vasto desconhecido.
Sendo uma das “margens” – limites – do Novo Mundo, a Amazônia, como região ainda bastante desconhecida pelos europeus, tornou-se, ao lado de outras “margens americanas”, um alimento para imaginação coletiva. Em suma: à medida que a conquista europeia prosseguia, o empirismo do devassamento era acompanhado por expectativas e projeções oriundas de um universo mental carregado de componentes de longa duração e outros simbolismos. Desejos da conquista e colonização são escravos das canoas, e estas dos rios. Pelas estradas naturais da Amazônia seguiram bandeirantes, índios, missões, moções, entradas, sertanistas e quilombolas. Os sertões são transformados em paisagens movediças. Estão em todos os lugares. Ressurgem ou desaparecem. Tanto lugares de passagem das narrativas que enfatizam a dominação como portos seguros para quem procura proteção. Mapas e desenhos consolidam a dominação. Cenários ocultam e ao mesmo tempo desvelam os sertões.



Diante de muitas incertezas e obscuridade sobre a região Amazônica em Rondônia, o presidente da República Afonso Pena, incumbiu um homem, que trazia consigo o espírito dos povos indígenas, o respeito pela floresta dos quilombolas, e a coragem e determinação bandeirantes e exploradores, estes personagens do passado, Mas, que se faziam presente em atitudes positivas no que tange ao percurso doloroso que Rondon travou em meio ao vasto desconhecido, trazendo após anos de trabalho, um pouco da floresta ao povo brasileiro, que ainda era povoado por lendas, mistérios e vazios científicos. Marechal Rondon, foi em seu tempo o homem certo, para uma missão incerta. O militar aguerrido, que evitada guerra contra índios. O positivista convicto em busca da Ordem e do Progresso.

1907, O INÍCIO.

Em 1907, o oficial do corpo de engenharia militar, Cândido Mariano da Silva Rondon foi encarregado pelo governo federal de implantar a linha telegráfica entre Mato Grosso e Amazonas (atualmente parte do estado de Rondônia), tendo como extremos a cidade de Cuiabá e Santo Antônio do Rio Madeira, povoado que se localizava a 7 km acima da atual capital de Rondônia.

Rondon a implantou depois de cortar toda uma região que Roquete Pinto sugeriu em 1915, chamar-se “terras de Rondônia”, local etnográfico entre Juruena e o Madeira, cortado pela linha telegráfica já conhecida por “Estrada Rondon”. Para bom desempenho do seu trabalho o sertanista dividiu-o em três grandes etapas denominadas “expedições” e que foram: A expedição de 1907, que levantou o trecho entre Cuiabá e o rio Juruena, fazendo um total de 1.781 km de reconhecimento; A expedição de 1908, que efetuou 1,653 km de reconhecimento, tendo varado o inóspito trecho entre Juruena e a Serra do Norte; A expedição de 1909, a mais famosa de todas, com 2.232 km de reconhecimento e incrível varação pelas florestas intrínsecas da Amazônia, saída da Serra do Norte até o caudaloso rio Madeira.


A empreitada teve início em 2 de setembro de 1907 e, no dia 29 de novembro, já estava de regresso a Diamantino, após ter chegado a Juruena. Era aquele ponto que seria conquistado pela Comissão Rondon em sua primeira penetração pelos sertões, depois da partida de Cuiabá, e passagem pelos vilarejos de Guia, Brotas e Rosário, trajetória da linha telegráfica. Entretanto, os 89 dias contados pela Expedição foram a partir de Diamantino, quando começaram a abrir o piquete de penetração. A coluna foi composta pelo até então Major Rondon como comandante; ajudante o 2° tenente João Salustiano Lyra; o farmacêutico Benedito Canavarros; o fotógrafo Luiz Leduc; e mais 16 praças e empregados auxiliados por 34 muares e 4 bois cargueiros.

Munidos de uma trompa que lhes servia acústica, os expedicionários andavam a cavalo quando o local permitia, seguindo o “picador” com a bússola de algibeira do chefe. Um homem era encarregado de medir a distância por intermédio do passômetro de um dos animais escolhido para aquela finalidade. O picador iria à frente marcando as árvores por onde deveriam passar os foiceiros e machadeiros, denominados assim naquela épocas, os bravos homens que seguiam a frente da abertura dos caminhos da Comissão Rondon.

Ao meio-dia já os trabalhadores deveriam escolher o local para acamparem, pois que haviam saído pela madrugada depois da primeira refeição e mesmo porque os picadeiros, mais lentos, haveriam de chegar muito mais tarde, quando então se reuniam para avaliação dos feitos diários e, após a terceira refeição, às 22 horas, soava o toque do silêncio.



Cinco dias depois da saída de Diamantino, os expedicionários entraram em contato com os índios Parecis, na cachoeira do Kágado, a 74 km de Diamantino, quando Rondon mandou fincar um mastro no qual se fez o hasteamento do pavilhão nacional pelo cacique da tribo; ao mesmo tempo incorporou o parecis Zavadá-issu como guia. Aqueles índios já eram pacificados, sendo que muitos trabalhavam com proprietários de seringais.

Em 10 de outubro, os sertanistas chegavam as margens do rio Sauêuna, divisa com dos domínios Parecis e Nhambiquaras. Transposto o rio, a mata exigiu mais um sacrifício da Comissão que passaria a andar somente a pé, pois que o cerrado exigia maior número de braços na abertura do pique. Ainda em outubro a Comissão Exploradora chegara ao Jacy e, prosseguindo, varou várias trilhas de índios e, finalmente, no dia 20 chegaram à margem do Juruena.

 EXPEDIÇÃO DE 1908, EXPLORAR É PRECISO,

Entre os dias 20 de julho a 3 de novembro do ano de 1908, a coluna expedicionária de Rondon voltou a percorrer o trecho já conquistado e mais a parte compreendida entre Juruena e Serra do Norte, desta feita com número maior de expedicionários – 127 homens bem armados, 90 bois de carga, 50 burros, 6 cavalos e mais 20 bois para corte. Os principais expedicionários eram, além de Rondon, os segundos-tenentes Nicolau Bueno Horta Barbosa, Emanuel Silvestre Amarante, João Salustiano Lira e tenente médico Manoel de Andrade, tenentes Carlos Carmo de Oliveira Melo e Américo Vespúcio Pinto da Rocha, o farmacêutico Benedito Canavarros, o fotógrafo Luiz Leduc, um inspetor e dois guarda-fios, 30 tropeiros e 82 praças do exército que seriam homens comandados pelo 2° tenente Joaquim Ferreira da Silva que tinham como missão, além do apoio que ofereciam aos demais expedicionários, pacificarem os ferozes Nhambiquaras para a facilitação dos trabalhos de implantação da linha telegráfica. Eles eram, defendiam sua morada, não deram descanso aos expedicionários que se viam também com extravio dos animais, seja por adoecerem ou mesmo fugirem. Alguns “soldados de espírito fraco”, como os denominou Rondon, chegaram a desertar, apavorados com o desconhecido.



A fome os castigou violentamente, pois largaram os víveres na estrada, pela falta de animais para os conduzirem ou por estragarem. Em outubro, Rondon já se encontrava divisando a Serra do Norte e transpôs o rio que denominou Nhambiquara. Nos dias 10 e 11, os sertanista fez travessia dos igarapés que denominou Veado Branco, Assaí, Jacutinga, Guariboca, Gruta da Pedra, Garnica, Traíra, dentre outros. Dali, a 5 km do rio Nhambiquara, Rondon regressou ao ponto de partida.

Como da vez anterior, o chefe anterior, o chefe da coluna expedicionária mandou colocar em giraus todo o material que servira na abertura da picada, além de ter salgado sete bois que lhes restavam e que ficariam como presente aos índios que pretendiam pacificar.

Aquela expedição sofreu, além dos ataques dos índios que naturalmente defendiam sua morada, também o aparecimento do impaludismo que chegou a vitimar um de seus homens. Sendo assim, Rondon então regressou a Tapirapoã, local de onde partira a coluna, no dia 22 de dezembro de 1908, onde posteriormente o Marechal Rondon dissolveu a Comissão Exploradora.

 EXPEDIÇÃO DE 1909, RONDON EM RONDÔNIA

Em seu caminho pelas florestas inexploradas, tribos hostis foram o menor dos percalços onde hoje são consideradas terras do Estado de Rondônia. Doenças como malária sugaram as forças das tropas que o acompanharam e mataram muitos dos seus homens. O próprio Rondon esteve à beira da morte. A caminhada pela floresta era dura.



A fome sempre rondava, já que não havia, inicialmente, postos de reabastecimento. Muitas vezes, os soldados precisavam caçar o alimento do dia. O resultado era uma enorme quantidade de deserções entre os praças designados para trabalhar com o marechal. “A nossa resistência física se dobrava sob o peso da fome e das privações de toda sorte que nos atormentaram durante a travessia”, declarou Rondon sobre sua segunda expedição ao Rio Madeira.

Ainda assim, o militar e seus mandados foram abrindo caminho por entre árvores e rios, levantando postes e construindo postos de telégrafo em meio à selva em Rondônia. No entanto, como conta Todd Diacon, os números mostram que a obra não significou uma revolução em termos de comunicação para a região. Uma das estações, por exemplo, a Presidente Hermes (Situada em Presidente Médice-RO), só mandou 38 telegramas em 1924, e só recebeu 15 ao longo daquele ano.

Quando o último prego da linha telegráfica ligando Cuiabá a Rondônia foi pregado, a tecnologia das transmissões por rádio se estabeleceu e criou-se o telégrafo sem fio. O importante não foi a linha em si, e sim a exploração de uma região inexplorada e o contato cordial com os indígenas. Rondon era um excelente geógrafo e naturalista, trouxe as primeiras informações sobre muitos lugares da Amazônia. Trouxe conhecimento do território, de plantas, animais, além da descrição de tribos e seus costumes. Além disso, foi ele quem convenceu a população brasileira de que valia a pena defender os índios.

Dessa forma, claro que a Terceira Expedição de 1909 foi a mais importante das expedições para Rondônia. Pois a mesma varou todo o sertão do atual Estado em travessia que durou 237 dias de maio até dezembro, numa extensão superior a 800 quilômetros e, duas turmas organizadas por Rondon e denominadas turma Norte e turma Sul, sendo que, enquanto a norte procurava localizar a cabeceira do rio Jacy-Paraná, cabia à turma sul a tarefa de reconhecimento e exploração do terreno compreendido entre Serra do Norte e o Rio Madeira, esta sob a chefia do então tenente-coronel de engenharia Cândido Mariano da Silva Rondon e mais os subalternos zoólogo Alípio de Miranda Ribeiro, 1° tenente médico Dr. Joaquim Augusto Tanajura, 1° Tenente militar João Salustiano Lyra, 1° tenente Engenheiro militar Emanuel Silvestre do Amarante, 1° tenente Alicariense Fernandes da Costa, 2° tenente Antônio Pirineus de Souza, guarda-fio Pedro Creveiro Teixeira, guarda-fio João de Deus e Silva, cacique parecis major Libanio Koluizorocê, guia índio Joaquim Zolámaie, 14 praças do exército e 18 trabalhadores civis.







Como se tratava de uma das mais ricas arriscadas missões da coluna expedicionária, Rondon preocupou-se tomar algumas decisões, tais como exigir de seus auxiliares, rigoroso exame sanitário visando a sondar o estado físico necessário aos andarilhos que seriam a partir de então. Nos Campos Novos, no local por ele denominado Mata da Canga, os índios fizeram emboscadas que resultaram na morte do soldado Rosendo, nos Campos de Comemoração de Floriano ( em Pimenta Bueno), os expedicionários se detiveram 51 dias, procurando localizar as cabeceiras que davam para os rios Guaporé, Madeira e Tapajós – um platô que foi explorado minuciosamente até o dia 21 de agosto daquele ano. No dia 14 de setembro, a coluna passou por uma aldeia de índios que fora visitada por Rondon.



No dia 9 de outubro, no km 354 da exploração, os expedicionários descobriam um rio de 50 metros de largura, a que Rondon deu o nome de Pimenta Bueno. No dia 24 de outubro, a turma teria se dividido conforme orientação de Rondon. O mesmo chefiava uma turma de 28 homens e, em dezembro, viu-se bastante prejudicado com a falta de alimentos, mas no dia 25, a expedição chegava ao ponto desejado, Santo Antônio do Rio Madeira, quando o chefe da turma proferiu o seguinte discurso:

“Heróicos e dedicados companheiros, não ofenderei a modéstia que orna o vosso diamantino caráter, afirmando-vos que à vossa coragem e patriotismo devemos a conclusão deste reconhecimento de sua organização. Entretanto, aqui nos achamos à margem do rio Madeira, com a marcha de 1.415 km, a contar do porto de Tapirapoã, um levantamento topográfico de 1.211 km, inclusive 200km de variantes diversas e 354 km do curso do rio Jamary, compreendido entre o repartimento e a barra e determinação de 15 posições geográficas dos pontos em que nos foi possível fazer observações astronômicas para tanto”.

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Rondônia, a Estrela do Norte comemora seus 33 anos de Emancipação Política.

RONDÔNIA 33 ANOS 


Céus de Rondônia
Letra por Joaquim de Araújo Lima
Melodia por José de Mello e Silva

Quando nosso céu se faz moldura
Para engalanar a natureza
Nós, os bandeirantes de Rondônia,
Nos orgulhamos de tanta beleza.

Como sentinelas avançadas,
 
Somos destemidos pioneiros
Que nestas paragens do poente
Gritam com força: somos brasileiros!


Nesta fronteira, de nossa pátria,
Rondônia trabalha febrilmente
Nas oficinas e nas escolas
A orquestração empolga toda gente;


Braços e mentes forjam cantando
A apoteose deste rincão
Que com orgulho exaltaremos,
Enquanto nos palpita o coração


Azul, nosso céu é sempre azul -
Que Deus o mantenha sem rival,
Cristalino sempre puro
E o conserve sempre assim.


Aqui toda vida se engalana
De belezas tropicais,
Nossos lagos, nossos rios
Nossas matas, tudo enfim....


Parabéns ao nosso maravilhoso estado de RONDÔNIA !!!