sábado, 14 de março de 2015

15 de Março, 30 anos que mudaram o Brasil



Comemoramos, neste dia 15 de março, o início do processo de redemocratização do Brasil. O marco dessa transição é a posse de José Sarney, controverso político maranhense, eleito como vice pelo Colégio Eleitoral na chapa de Tancredo Neves e empossado após a morte deste.
Mesmo diante do cenário trágico que marcou essa transição, o País deixaria para trás os duros anos de ditadura militar e rumava para o novo, o diferente, para escrever outra história de sua vida política.
Após o golpe de 1964 e a publicação, nos anos seguintes, dos atos institucionais – AI, que cassaram direitos políticos e as garantias individuais e coletivas e que cercearam as competências do Poder Legislativo, as eleições para a Presidência da República passaram a ser indiretas, realizadas no âmbito de um colégio eleitoral constituído pelos membros do Senado e da Câmara dos Deputados. O processo era muito viciado, considerando que os partidos de oposição foram praticamente extintos e que, no Senado, havia parlamentares “biônicos”, nomeados pelo governo. Todos os presidentes eleitos na ditadura eram generais. Na década de 1980, foi escolhido aquele que seria o último presidente do regime, João Batista Figueiredo.


Em 1984, a sociedade brasileira foi às ruas, num movimento chamado Diretas Já. Políticos da oposição, intelectuais, representantes de organizações sindicais e a população em geral pediam por eleições diretas para o cargo de Presidente da República. Porém, a emenda constitucional Dante de Oliveira, que restabeleceria o pleito direto, foi derrotada no Congresso Nacional. O mandato do general Figueiredo chegava ao final. O candidato à sucessão do partido do governo, o PDS (antiga Arena), majoritário no Colégio Eleitoral, era Paulo Maluf. Porém, houve uma ruptura no partido. Ala liderada pelo então senador José Sarney, que daria mais tarde origem ao PFL, fez acordo com a oposição, constituindo chapa para enfrentar o candidato oficial: Tancredo Neves, do PMDB (ex-MDB), candidato a presidente, e Sarney, vice. Em sessão com voto aberto, a oposição venceu.
Porém, devido a uma diverticulite, Tancredo morreu antes da posse, que seria em 15 de março de 1985. Como não houve posse, deveria assumir o presidente da Câmara dos Deputados, então Ulysses Guimarães. Entretanto, outro acordo político permitiu José Sarney assumisse a Presidência da República.
O Brasil respirava esperança. Uma nova Constituição seria escrita. A Assembleia Nacional Constituinte, em 1987, composta por políticos e representantes da sociedade organizada, recebeu a missão de produzir um texto que assegurasse a proteção dos Direitos e Garantias Fundamentais e que pudesse fazer do Brasil um Estado Democrático de Direito. Promulgada em 05 de outubro de 1988, a Constituição da República Federativa do Brasil ficou conhecida como a Constituição Cidadã.
Elegemos Fernando Collor pelo voto direto, mas o Congresso Nacional votou o seu impeachment por improbidade, em processo previsto na nova Constituição. Ele foi sucedido pelo vice, Itamar Franco. Em 1994, elegemos Fernando Henrique Cardoso, grande intelectual, que nos falou do complexo de vira-latas e que colocou o Brasil num novo patamar no cenário internacional. A estabilidade econômica mudou a imagem no País no mercado externo e o brasileiro passou a ser também consumidor e sujeito de direitos.
Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito presidente em 2002, e o povo brasileiro mostrou ao mundo que na democracia todos podem participar da vida política. Dilma é a primeira brasileira a ocupar a Presidência da República, a primeira mulher a chegar ao mais importante posto da política brasileira. Conquista da nossa sociedade.
O Brasil é hoje um Estado Democrático de Direito e, graças à democracia, podemos conhecer e ver serem punidos os envolvidos em ações de corrupção e em crimes contra o patrimônio público. Podemos sair às ruas e protestar, enviar mensagens de insatisfação nas redes sociais e organizar panelaços.
Já vão longe os trinta anos decorridos desde a posse de José Sarney e, indiscutivelmente, o Brasil não é o mesmo país. É melhor! Ainda há muito o que fazer. Há investimentos e ajustes, e só o processo democrático pode garantir que sigamos na construção de um país para todos os brasileiros. A democracia é o instrumento.

China, o progresso e a poluição

A
A República Popular da China, também conhecida simplesmente como China, é o mais populoso do mundo, com mais de 1,360 bilhão de habitantes, quase um quinto da população da Terra. Mas destaco que a China está suja, nojenta. O preço do progresso célere que a mais populosa nação do mundo vem promovendo nos últimos anos é caro demais. A começar pelo ar que os chineses respiram. O Ministério da Proteção Ambiental do país alertou, no mês passado, que perto de 90% das cidades chinesas apresenta índices de poluição atmosférica muito abaixo dos padrões de qualidade considerados aceitáveis.
Para ser mais exato: por lá a poluição por material particulado presente no ar é 40 vezes maior do que os níveis minimamente seguros estabelecidos pelas normas internacionais.
De onde vem tanta imundície? Principalmente das usinas de energia movidas a carvão mineral que – para piorar – impulsionam também as emissões de gases de efeito estufa causadoras das mudanças climáticas.

Cerca de 80% da eletricidade gerada na China vem dessa matriz energética. Boa parte do carvão utilizado é o mais barato do mercado por ser de baixa qualidade. Consequentemente é também o mais venenoso. A outra grande fonte de poluição atmosférica são as companhias siderúrgicas que não têm qualquer controle sobre as suas fumaças tóxicas.
Pequim é tida como uma das capitais mais poluídas do planeta. Além disso, sete das 10 cidades chinesas com pior qualidade do ar estão localizadas na região metropolitana da capital, informou o jornal China Daily.
Não é só o ar que está contaminado. Há muita sujeira por qualquer lado onde se aponte o nariz. Dejetos despejados a céu aberto – inclusive à beira da famosa muralha da China – esgotos despejados in natura e uma inacreditável mortandade de peixes em diversos rios e lagos contaminados.
Em dezembro do ano passado seis empresas de Taizho detritos tóxicos em dois rios da região. Esta é a mais severa multa já aplicada por um tribunal chinês para questões de desrespeito ambiental.
Diante desse cenário dantesco – e dos reclamos da população – as autoridades prometem tomar atitudes. Querem multar mais e até fechar indústrias desleixadas que não se modernizam para atender aos padrões de controle de poluição. Também pretende revisar e fortalecer as leis de proteção ambiental no país o mais rápido possível.
Espera-se que não seja tarde demais. E que sirva para todo o mundo se perguntar: vale a pena tanto progresso à custa da degradação ambiental?

quarta-feira, 11 de março de 2015

O que acontece na Petrobras.


Com investigação sobre corrupção, renúncia de diretores, processos, sobe e desce de ações, queda do preço do petróleo no mercado internacional, a Petrobras passa por uma fase turbulenta.

1- Entenda o que é a operação Lava Jato


A operação Lava Jato, conduzida pela Polícia Federal (PF), teve início em março do ano passado, para apurar suposto esquema de corrupção na Petrobras, relativo a desvio e lavagem de dinheiro envolvendo diretores da estatal, grandes empreiteiras e políticos. O esquema pode ter desviado mais de R$ 10 bilhões. A operação recebeu este nome pois um dos grupos envolvidos no esquema fazia uso de uma rede de lavanderias e postos de combustíveis para movimentar o dinheiro ilícito.

2- Esquema de corrupção pode ter desviado R$ 10 bi

Segundo a PF, a Petrobras contratava empreiteiras por licitações fraudadas. As empreiteiras combinariam entre si qual delas seria a vencedora da licitação e superfaturavam o valor da obra. Parte desse dinheiro "a mais" era desviado para pagar propinas a diretores da estatal, que, em troca, aprovariam os contratos superfaturados. O desvio é estimado em mais de R$ 10 bilhões pela PF.
O repasse era feito pelas empreiteiras ao doleiro Alberto Youssef, que distribuiria o suborno. De acordo com a investigação, políticos dos partidos PMDB, PP e PTtambém se beneficiariam do esquema, recebendo de 1% a 3% do valor dos contratos. Os políticos negam o envolvimento. Diretores da Petrobras e empreiteiros foram presos.

3- Entre os suspeitos estão ex-diretores da Petrobras
Da esquerda para a direita, Paulo Roberto Costa, Nestor Cerveró e Alberto Youssef

Paulo Roberto Costa: ex-diretor de Abastecimento da Petrobras (2004-2012). É suspeito de chefiar o esquema de desvio de dinheiro, superfaturando contratos e recebendo propinas. Fez acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF), que prevê a redução de pena em troca de informações sobre os crimes. Foi o principal delator do esquema.
Nestor Cerveró: ex-diretor da área Internacional da Petrobras (2003-2008) e diretor financeiro da BR Distribuidora (2008-2014). O ex-diretor é acusado de receber US$ 40 milhões em propina para favorecer a contratação da empresa Samsung Heavy Industries para fornecimento de navios-sonda.
Alberto Youssef: era o doleiro responsável pela "lavagem do dinheiro". Recebia o dinheiro das empreiteiras e ajudava a fazer a distribuição das propinas. 

4- Balanço atrasou e não foi aprovado

O balanço do terceiro trimestre de 2014, que deveria ser divulgado em novembro, foi adiado duas vezes devido às investigações. No dia 28 de janeiro, a Petrobras divulgou os resultados, mas sem revisão e aprovação dos auditores independentes. O balanço também não incluiu nenhuma perda relacionada às denúncias, decepcionando o mercado. As ações desabaram,

5- Petrobras é processada no Brasil e nos EUA

A Petrobras sofre processos movidos por investidores no Brasil e nos Estados Unidos. Aqui, a ação é contra o presidente e os membros do conselho de administração da empresa à época das denúncias, que respondem com seu patrimônio pessoal. Nos EUA, a Petrobras tem processo movido pela Prefeitura de Providence, capital do Estado de Rhode lsland, e também sofre outras três ações coletivas iniciadas por fundos de investimentos e grupos de investidores.

6- Perdas totais da Petrobras chegariam a R$ 90 bi.

A estimativa da PF é que o desvio pode ter passado de R$ 10 bilhões, mas o prejuízo total da empresa, incluindo investimentos errados por causa da corrupção, pode ser bem maior. A estatal não chegou a uma conclusão. No entanto, contas apresentadas inicialmente pela ex-presidente da Petrobras Graça Foster ao conselho de administração apontavam perdas de R$ 88,6 bilhões nos ativos da companhia, de acordo com o jornal "Folha de S.Paulo". A metodologia dos cálculos, no entanto, foi considerada indevida, e os dados foram descartados.

7- Presidente Graça Foster e diretores renunciam

Graça Foster renunciou ao cargo de presidente, junto com diretores da estatal. Ela foi a primeira mulher a ocupar o posto, em fevereiro de 2012, substituindo José Sergio Gabrielli. O nome da executiva foi diretamente envolvido nas denúncias de corrupção na estatal em dezembro, quando a ex-gerente de Abastecimento da Petrobras Venina Velosa da Fonseca disse, em entrevista, que alertou pessoalmente a presidente da empresa sobre irregularidades de que teve conhecimento.

8- Ações da empresa tiveram fortes quedas

A imagem da Petrobras foi muito prejudicada e as ações despencaram. Com a renúncia de Graça Foster, analistas esperam melhora. Para Pedro Paulo Silveira, economista-chefe da TOV Corretora, são muito grandes os desafios que a nova diretoria irá encontrar, mas a mudança já representa um passo positivo. "Ainda que seja um fato modesto para o tamanho do problema, já é alguma coisa", diz.
Leandro Martins, analista-chefe da Walpires Corretora, também diz que a mudança foi positiva. "A expectativa é de alta nos papéis, pois a ação caiu muito e a mudança mostra que os rumos da companhia devem mudar", afirma.

9- A exploração do pré-sal pode ser afetada?

De acordo com Leandro Martins, o esquema de corrupção poderia afetar os investimentos no pré-sal. Isso porque, com os desvios, a petroleira –que está altamente endividada- precisaria tomar emprestado ainda mais dinheiro para conseguir manter a exploração.
Além disso, o pré-sal enfrenta o atual preço baixo do petróleo no mercado internacional. O valor do barril vem sofrendo fortes quedas. Segundo Martins, o petróleo mais barato pode ser um bom negócio para a Petrobras por um lado, mas, por outro, poderia até inviabilizar a exploração do pré-sal.
No ano passado, a estatal chegou a ter prejuízos, pois comprava petróleo e derivados do exterior e revendia-os no Brasil por um valor mais baixo. Isso porque o preço é controlado pelo governo, na tentativa de segurar a inflação. Por isso, a queda do preço do barril no exterior pode ser boa no curto prazo, pois reduziria os gastos com importação.
No longo prazo, no entanto, a queda poderia prejudicar a estatal. "O petróleo é o produto principal da empresa; se o preço cai, o ganho da Petrobras vai junto", diz Martins. O barril abaixo de US$ 45 poderia, inclusive, tornar a exploração do pré-sal inviável, já que o ganho não compensaria o custo de produção.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Estado Islâmico – O Grupo Terrorista que Espalha Terror.

                                             ( Bandeira do grupo terrorista do E.I ).

Em 29 de agosto de 2014, o grupo terrorista sunita Estado Islâmico – que já foi denominado também como Estado Islâmico no Iraque e na Síria (EIIS) e Estado Islâmico no Iraque e no Levante (EIIL) – conhecido também pela sigla EI, anunciou que seu líder, Abu A-Bagdhadi, havia se autoproclamado califa da região situada ao noroeste do Iraque e em parte da região central da Síria.
                                        ( Região de atuação do grupo do E.I ).

Um grupo radical deseja criar um governo próprio no Oriente Médio. O autoproclamado Estado Islâmico tem espalhado o terror pela Síria e Iraque. E ainda quer chegar à Turquia.

O título de califa era dado aos antigos sucessores de Maomé, que possuíam autoridade política legitimada pela religião islâmica. O Estado Islâmico, desde então, vem sendo largamente abordado pela mídia ocidental, sobretudo por conta de suas ações extremas contra a população civil da Síria e do Iraque, como estupros, massacre de cristãos e de xiitas e, também, por conta da decapitação de dois jornalistas, entre os meses de agosto e setembro de 2014.

A história do grupo terrorista Estado Islâmico está relacionada com o processo de crise política que se desencadeou no Iraque após a guerra iniciada em 2003. Como sabemos, a Guerra do Iraque se deu dois anos após os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001, chefiados por membros da organização Al-Qaeda, então liderada por Osama Bin Laden. A Al-Qaeda possuía grande espaço de atuação no território iraquiano e em parte da Síria. O grupo Estado Islâmico nasceu como uma derivação da Al-Qaeda, fundamentado nos mesmos princípios desta organização, que remontam à ideologia pan-islâmica de Sayyid Qutb, antigo líder da Irmandade Muçulmana. Contudo, as ações do EI ficaram gradativamente mais radicais, até mesmo para os padrões da Al-Qaeda, o que provocou a separação entre as duas organizações terroristas.
                                            ( Reféns capturados pelos terroristas do E.I ).

Os objetivos do Estado Islâmico é expandir o seu califado por todo o Oriente Médio, que se pautaria pela Sharia, a Lei Islâmica interpretada a partir do Alcorão, e estabelecer conexões na Europa e outras regiões do mundo, com o propósito de realizar atentados que lhes possam conferir autoridade através do terror. A concepção de Jihad, ou Guerra Santa para o Islã, que o EI possui é a mesma de outras organizações terroristas, como a Al-Qaeda ou o Hamas: expandir o modelo teocrático radical islâmico de governo pelo mundo, por meio dos métodos terroristas.

É curiosa a grande adesão de simpatizantes não islâmicos e, frenquentemente, de origem europeia às causas do EI. Muitos jovens do Ocidente se oferecem para integrar o grupo e servir ao seu propósito jhadista. Esse tipo de comportamento preocupa vários chefes de estado da Europa, sobretudo pela possibilidade de infiltração que tais jovens, treinados como terroristas, possam realizar em solo europeu.

As principais cidades iraquianas que estão atualmente sob o domínio do EI são: Mossul, Tal Afar, Kirkuk e Tikrit. Um grande contingente populacional migrou dessas cidades para cidades ou vilas vizinhas, fugindo da expansão brutal do Estado Islâmico. Entretanto, não se sabe até quando estas cidades vizinhas continuarão livres da ação do “califado” islâmico do EI.
( Refém momento ante de sua execução ).





E

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

70 anos da Tomada de Monte Castelo - 2ª Guerra Mundial.


70 anos de reverência à liberdade e à democracia.


Símbolo maior de amor à Pátria, honradez e bravura, a Tomada de Monte Castelo retrata um dos maiores feitos da Força Expedicionária Brasileira (FEB) em sua gloriosa campanha na Segunda Guerra Mundial. Por aproximadamente oito meses, cerca de 25 mil soldados protagonizaram árduos combates no teatro de operações da Itália.



A Batalha de Monte Castelo, travada entre as tropas aliadas e as forças do exército alemão, perdurou por três meses, período em que inúmeras baixas foram registradas em virtude, especialmente, das condições meteorológicas do rigoroso inverno europeu, do lançamento de minas terrestres nas vias de acesso e da existência de casamatas bem localizadas e camufladas. É inquestionável que a defesa inimiga era primorosa, o que aumentava o clima de tensão e ansiedade entre os combatentes aliados. Foram deflagrados vários assaltos por tropas americanas e brasileiras e nenhum foi bem-sucedido. O inimigo, implacável, destemido e experiente, encontrava-se em posição defensiva dominante.



O resgate da dívida de sangue dos ataques fracassados, que ceifaram tantas vidas, tornava-se, a cada dia, mais emergente. Monte Castelo tornara-se um desafio e exigia a afirmação da capacidade combativa de nossa gente.

No dia 21 de fevereiro de 1945, com fé robustecida e o destemor comuns ao expedicionário brasileiro, a 1ª Divisão de Infantaria Expedicionária, com o fundamental apoio da artilharia dos aliados, partiu, resoluta, em direção ao norte.

Ao cair da tarde, as forças brasileiras, estimuladas pelos ideais de liberdade e de democracia, silenciaram a defesa alemã. O hasteamento da Bandeira do Brasil no alto do Monte Castelo impulsionou o prosseguimento das operações da FEB até a rendição incondicional de duas divisões adversárias.

A tomada desse monte figura entre as principais páginas da história militar brasileira, pois ratifica a fibra dos pracinhas e perpetua a perseverança e o denodo no cumprimento da missão pelo soldado brasileiro.



Ao celebrar os 70 anos dessa memorável Batalha, o Exército Brasileiro registra o reconhecimento e a gratidão de toda a Nação aos bravos combatentes da FEB, honrados soldados que cumpriram o seu dever em solo europeu e, hoje, são cultuados como exemplos perenes para todas as gerações de brasileiros.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

TERRITÓRIO FEDERAL DO GUAPORÉ


O Território Federal do Guaporé, criado pelo Presidente Getúlio Vargas no dia 13 de setembro de 1943 através do Decreto nº 5.812, sua área territorial foi composta por parte dos estados do Amazonas e do Mato Grosso. Começava assim nossa independência política, passávamos a ser uma unidade da federação.

Na imagem vemos o Presidente Getulio Vargas (1) ao lado de Aluízio Ferreira (2), na época Diretor da EFMM, subindo o porto do “Cai N’água”. Ao lado, Getulio Vargas (seta) inaugurando as casas do Bairro Caiarí. (Fonte: 17º BIS e Esron Meneses).

A criação desse novo território consolidou-se após a visita do Presidente Getúlio Vargas a Porto Velho em outubro de 1940, época em que nossa capital era município do Estado do Amazonas. Getulio Vargas foi o primeiro presidente a visitar Porto Velho e veio para ficar apenas três horas e inaugurar algumas obras: Bairro Caiarí, Vila Erse, Agencia dos Correios e a usina de eletricidade. Decidiu ficar aqui durante três dias, sendo assim, o presidente que permaneceu maior tempo na cidade.
No mesmo decreto que criou o Território do Guaporé foram criados mais quatro territórios federais: Iguaçu, Ponta Porã, Amapá e Rio Branco (atualmente Estado de Roraima). Quando foi criado, o Território do Guaporé tinha quatro municípios: Porto Velho, Lábrea, Guajará-mirim e Santo Antonio do Alto Madeira.

Cândido Mariano da Silva Rondon (1) prestigiando a posse do primeiro Governador do Território Federal do Guaporé, Aluízio Pinheira Ferreira (2) em 1943 no Rio de Janeiro, na época capital federal. (Fonte: 17º BIS).

Os municípios de Porto Velho e Lábrea pertenciam anteriormente ao Estado do Amazonas e os municípios de Santo Antônio do Alto Madeira e Guajárá-Mirim pertenciam ao Estado do Mato Grosso. No ano seguinte, em 1944, Lábrea passou novamente a pertencer ao Estado do Amazonas e em 1945 o município de Santo Antonio do Alto Madeira foi incorporado ao município de Porto Velho. Desde então, o Território do Guaporé ficou apenas com dois municípios: Porto Velho e Guajará-Mirim.
O primeiro Governador do Território do Guaporé foi Aluízio Pinheiro Ferreira, que anteriormente havia sido também o primeiro diretor brasileiro da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, nomeado pelo Presidente Getulio Vargas em 1931. O Território foi instalado no dia 29 de janeiro de 1944 numa grande solenidade em frente ao Colégio Barão do Solimões.
Aluizio Ferreira governou o Território Federal do Guaporé de 1º de novembro de 1943 a 7 de fevereiro de 1946, quando se afastou para concorrer na primeira eleição para deputado federal. Vencedor das primeiras eleições, Aluízio Pinheiro Ferreira que havia sido o primeiro governador, foi também o primeiro deputado federal eleito no Território Federal do Guaporé nas eleições de 1946. Aluízio foi reeleito em 1950, e após dois mandatos de deputado federal foi derrotado nas eleições de 1954 por Joaquim Vicente Rondon. Disputou sua última eleição em 1958 quando foi eleito novamente. Na eleição de 1962 indicou como candidato Ênio dos Santos Pinheiro, que foi derrotado nas urnas pelo médico Renato Clímaco Borralho de Medeiros.


Instalação do Território Federal do Guaporé no dia 29 de janeiro de 1944 em frente ao Colégio Barão do Solimões. (Fonte: Acervo Esron Meneses)

Através da Lei nº 2.731 de 17 de fevereiro de 1956, o Território Federal do Guaporé muda de nome e passa a chamar-se Território Federal de Rondônia, uma homenagem ao Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon.
Somente em 77, através da Lei nº 6448 de 11 de outubro de 1977, o Presidente Ernesto Geisel criou mais cinco municípios: Ariquemes, Ji-Paraná, Cacoal, Pimenta Bueno e Vilhena.
Atualmente o Estado de Rondônia, que foi criado através da Lei Complementar nº 41 de 22 de dezembro de 1981 tem 52 municípios.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Há 30 anos, Tancredo Neves era eleito presidente da República.


O ex-governador de Minas Gerais foi escolhido pelo Colégio Eleitoral após a queda da emenda que previa eleições diretas para a presidência; ele morreria doze horas antes de tomar posse.
Tancredo é eleito presidente, em 1985 - Foto: Célio Azevedo
Tancredo é eleito presidente, em 1985 – Foto: Célio Azevedo
Era 15 de Janeiro de 1985, o relógio da Câmara dos Deputados marcava 9h30 quando a sessão que definiria o próximo presidente do Brasil em eleições indiretas começou. Naquele momento, o Colégio Eleitoral contava com 686 membros – 356 do PDS e 330 dos partidos de oposição, entre os quais o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), o Partido Democrático Trabalhista (PDT), o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) e o Partido dos Trabalhadores (PT). Havia, além da apreensão depois de alguns anos de manifestações em todo o País por eleições diretas, um espectro de tensão em torno dos deputados. No ano anterior, 1984, o deputado Dante de Oliveira, de Mato Grosso, tinha apresentado um projeto de emenda constitucional com o objetivo de definir a escolha do presidente da República pelo voto direto. No entanto, a emenda foi rejeitada na Câmara, com diferença de 22 votos. Por isso, aquela sessão seria histórica, para o bem ou para o mal. Nesta quinta-feira (15), exatos 30 anos depois, a mesma história mostrou para qual dos dois lados caminhamos.

A sessão terminaria pouco depois do meio-dia. Com 480 votos a favor (sendo 166 oriundos de deputados do PDS), Tancredo foi eleito presidente do Brasil, contra 180 dados a Paulo Maluf, candidato do PDS, e 26 abstenções. O PT, contrário à eleição indireta e ao acordo feito com os governistas, optou pela abstenção e desligou do partido três deputados que votaram em Tancredo: José Eudes (RJ), Bete Mendes (SP) e Airton Soares (SP).

O presidente do PMDB, Ulysses Guimarães, entregara a Tancredo, no início de janeiro, o documento A Nova República, programa de governo do partido prevendo eleições diretas em todos os níveis, educação gratuita, congelamento de preços da cesta básica e dos transportes, renegociação da dívida externa, entre outros pontos. Eleito, Tancredo passou a representar a perspectiva de que todos os males do país começariam a ser sanados depois dos governos militares. “Não havia dúvida quanto ao resultado. Já se sabia que Tancredo seria eleito por uma grande maioria. O que havia era uma grande tensão porque não se sabia como os setores linha-dura das Forças Armadas se comportariam”, conta o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), que participou daquela sessão e que, na época, era filiado ao PMDB.

Logo após sua eleição, Tancredo fez uma série de viagens internacionais para negociar a dívida externa brasileira. Esteve em países da Europa, da América Latina e nos Estados Unidos. Voltou em meio a um sentimento de mudança muito grande da sociedade brasileira, refletida nas manifestações sociais e na atuação da imprensa. No entanto, quando do início da formação de seus ministérios, começou-se também uma certa decepção: entre os nomes estavam Antônio Carlos Magalhães no Ministério das Comunicações e Aureliano Chaves (vice-presidente do general Figueiredo) no Ministério de Minas e Energia, os dois ligados ao regime militar. No Ministério da Fazenda, de onde se esperavam as maiores mudanças de política econômica, o nome de Francisco Dornelles, sobrinho de Tancredo, conservador politicamente e adepto da ortodoxia econômica, gerou críticas internas no PMDB, que não externou tais repúdios por causa do apoio que o presidente tinha no País.

Todo o planejamento, no entanto, seria em vão: doze horas antes da posse, no dia 14 de março, ele foi internado às pressas no Hospital de Base, em Brasília, por causa de uma diverticulite. A dúvida, então, passou a ser sobre quem o substituiria: José Sarney ou Ulysses Guimarães (presidente da Câmara dos Deputados). Sarney foi empossado interinamente pelo Congresso Nacional, no dia 15. Tancredo ficou internado mais cinco dias e foi transferido para o Hospital do Coração, em São Paulo, alimentando ainda mais a tensão do País sobre seu estado de saúde, que viria a se agravar a cada dia. Os médicos ainda tentaram animar a população publicando uma foto com o presidente sentado em um sofá rodeado de médicos e assessores. A notícia chegou na noite do dia 21 de março, transmitida ao vivo no Fantástico, da Rede Globo: o assessor da presidência, Antônio Brito, subiu ao palanque improvisado em um salão do hospital. “Lamento informar que excelentíssimo senhor Presidente da República Tancredo de Almeida Neves, faleceu esta noite, no Instituto do Coração, às 10 horas e 23 minutos…”. O discurso duraria ainda alguns minutos, mas ali o Brasil já chorava a morte do primeiro presidente civil depois de 20 anos de ditadura militar.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Guerra do Paraguai, entenda este conflito.


País foi destruído e teve a população dizimada durante o conflito.
Entenda o principais fatos até a morte de Solano López.

Desenho dos uniformes utilizados pelos soldados durante a Guerra do Paraguai (Foto: Fundação Biblioteca Nacional)

O maior conflito armado da América do Sul, a Guerra do Paraguai teve início há 150 anos, em 13 de dezembro de 1864, e terminou somente com a morte do líder paraguaio Solano López, em 1º de março de 1870.

O país mobilizou quase toda sua população para a guerra, onde enfrentou o exército da Tríplice Aliança, formada por Brasil, Uruguai e Argentina. A luta estendeu-se por anos, apesar da superioridade econômica e demográfica dos países aliados.

Os motivos que levaram López a declarar guerra ao Brasil são controversos. No entanto, os estudiosos concordam que o conflito teve consequências que ainda não foram superadas pelo Paraguai. Além de perder parte de seu território, o país teve sua infraestrutura destruída e viu o extermínio da quase totalidade de sua população. Ainda hoje, o país encontra-se atrasado em relação ao desenvolvimento de seus vizinhos. Entenda o desenrolar da guerra, com um resumo dos principais fatos até a morte de Solano López:
Corpos de paraguaios mortos durante a guerra empilhados no campo.

Maio de 1864 - Brasil envia representante ao Uruguai, que vivia uma guerra civil, para discutir as ameaças sofridas por cidadãos brasileiros em território uruguaio. Os brasileiros que tinham fazendas no interior reclamavam que sofriam assaltos violentos.

18 de junho de 1864 - Enviados do Brasil, Argentina e Inglaterra se reúnem para mediar o fim da guerra civil no Uruguai, com representantes tanto do governo oficial, de Atanásio Aguirre, quanto do chefe da rebelião, Venâncio Flores. Não há acordo e a guerra civil continua.

Agosto de 1864 - Governo brasileiro ameça intervir militarmente no Uruguai, caso o governo não puna os responsáveis pela violência contra brasileiros no país. Em nota enviada a diplomatas brasileiros, governo do Paraguai protesta contra qualquer invasão do território do Uruguai.

30 agosto de 1864 - Uruguai rompe relações diplomáticas com o Brasil.

12 de outubro de 1864 - Brasil invade o Uruguai.

12 de novembro de 1864 - Em retaliação à invasão brasileira ao Uruguai, Paraguai apreende o vapor brasileiro Marquês de Olinda.

13 de dezembro de 1864 - O líder paraguaio Solano López declara guerra ao Brasil.


27 e 28 de dezembro de 1864 - Exército paraguaio ataca o forte Coimbra, atualmente na região de Mato Grosso do Sul (veja ao lado reportagem do Globo Rural sobre a invasão das tropas paraguaias ao Brasil).

Janeiro de 1864 - Exército paraguaio invade Corumbá, Miranda e Dourados.

7 de janeiro de 1865 - Decreto nº 3.371, do Império do Brasil, cria os Corpos de Voluntários da Pátria. São prometidas recompensas para quem se voluntariar à luta.

21 de janeiro de 1865 - Decreto nº 3.383, do Império do Brasil, convoca a Guarda Nacional para se juntar ao Exército. Era composta por cerca de 440 mil homens, mas pouco mais de 40 mil participaram do combate. Na época, o alistamento na Guarda tinha a função de mostrar status social.

1º de maio de 1865 - Assinatura do Tratado da Tríplice Aliança por Brasil, Argentina e Uruguai.

Junho de 1865 - Exército paraguaio invade o Rio Grande do Sul e ocupa Uruguaiana.

11 de junho de 1865 - Batalha do Riachuelo, em que a Marinha paraguaia é derrotada pelas
forças aliadas.

18 de agosto de 1865 - Soldados paraguaios em Uruguaiana se rendem.

16 de abril de 1866 - Exército aliado na Argentina cruza o rio Paraná e invade o Paraguai,
onde inicia marcha rumo à fortaleza de Humaitá.

24 de maio de 1866 - Batalha de Tuiuti, que é considerada a mais importante e uma das mais sangrentas da guerra. O exército paraguaio atacou os soldados da Tríplice Aliança que seguiam para Humaitá. Apesar das inúmeras mortes, os aliados venceram.

12 de setembro de 1866 - López pede encontro com Bartolomeu Mitre, governante da Argentina. Os dois se reúnem, mas não há acordo para o fim da guerra.

22 de setembro de 1866 - Exército da Tríplice Aliança ataca fortaleza de Curupaiti, mas é
derrotado pelos paraguaios. Foi a maior derrota aliada.

6 de novembro de 1866 - Decreto nº 3.725-A, do Império do Brasil, liberta escravos que servissem no exército contra o Paraguai.

Abril e maio de 1867 - Tropas aliadas invadem o Paraguai rumo à fazenda Laguna, mas são atacadas pelos paraguaios e obrigadas a recuar. Episódio é conhecido como Retirada da Laguna.
Igreja de Humaitá destruída.

Julho de 1867 - Tropas brasileiras partem em direção a Humaitá, para atacar a fortaleza.

15 de agosto de 1867 - Esquadra do governo imperial segue pelo rio Paraguai e ultrapassa a
fortaleza de Curupaiti, mas não tenta passar por Humaitá. Permanece seis meses entre as duas fortalezas e, apesar de bombardeá-las, não consegue destruí-las.

3 de março de 1868 - López deixa a Fortaleza de Humaitá e arma quartel-general em San
Fernando, distante cerca de 10 quilômetros.

25 de julho de 1868 - Exército aliado toma posse da Fortaleza de Humaitá.

Dezembro de 1868 - Paraguaios são derrotados nas batalhas de Itororó, Avaí, e Lomas Valentinas, no que ficou conhecido por “dezembrada”.

1º de janeiro de 1869 - Tropas brasileiras invadem e saqueiam Assunção.

5 de maio de 1869 - Fundição de Ibicuí, onde eram feitas as armas do exército paraguaio, é
destruída.

16 de agosto de 1869 - Batalha de Acosta-Ñu, em que 20 mil soldados da Tríplice Aliança
enfrentam e vencem as tropas formadas por 6 mil paraguaios, em sua maioria idosos e crianças. Em homenagem às vítimas, 16 de agosto se tornou o Dia das Crianças no Paraguai.

1º de março de 1870 - Solano López é morto em Cerro Corá. O líder paraguaio foi ferido com um golpe de lança pelo brasileiro José Francisco Lacerda, o Chico Diabo, e foi atingido por um tiro de fuzil. A morte de López marca o encerramento da guerra.

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

HISTÓRIA REGIONAL REAL FORTE PRÍNCIPE DA BEIRA


Criado em 1773, em homenagem ao primogênito da futura rainha D. Maria, que ostentava o titulo do príncipe da Beira. Construído a margem direita do Rio Guaporé e defronte ao pedregal que dificultava a navegação.

O Real forte Príncipe da Beira foi erguido no estilo Vauban, criado pelo engenheiro Domingos Sambucetti, que faleceu vítima de Malária, e não viu sua obra ser terminada sendo então substituído pelo capitão Engenheiro Ricardo franco que manteve a planta original e suas determinações.

O forte com 970 metros de perímetro, muralhas de 10 metros de altura, fosso lateral com 3 metros de largura e 2 metros de profundidade e em cada ângulo um baluarte com guarita e 14 canhoneiras.




As guaritas ou baluartes foram consagrados aos santos padroeiros:
-Santo padroeiro de Pádua.
-Santo Andre Avelino.
-As santas: Nossa senhora da conceição e Santa Barbara;
Apesar de as peças de artilharias só chegarem por volta de 1830, nunca entraram em operação.



Na parte interna, o forte possuía um paiol de munições, capela, alojamento para oficiais, casa de comando, hospital e cadeia. No meio da edificação existe um calabouço com 4 metros de profundidade e no final um quadrado que leva a um túnel que chega as margens do rio, segundo o engenheiro seria usado para o caso de saída de emergência. O material para construção do forte vinha da província do grão Pará. Ao longo da construção foram utilizados 1500 trabalhadores com uma mortandade de 50% causado pelas doenças tropicais, varíola, tuberculose febres, e que segundo reza a lenda um padre teria se apaixonado por a esposa de um dos oficiais, motivo que teria sido preso e posterior a sua prisão começou a surgir essas doenças.
Nos arredores do forte príncipe da beira nasceu o povoado de Príncipe da Beira, que viviam do cultivo de frutos, mandioca e criação de gado.
Durante o 2° Reinado, o forte foi transformado em presídio para degredados políticos, sendo esquecidos pelas autoridades, até ser abandonado no final do século XIX pelos presidentes republicanos.
No início do século XX, Cândido Mariano da Silva Rondon organizou uma expedição para explorar a região (durante a construção da linha telefônica Mato Grosso- Amazonas) redescobrindo o forte príncipe da beira em 1914, indicando ao governo a instalação de unidade Militar no local, que hoje funciona o pelotão do 6°BIS de infantaria de selva pertencente a Guajará – Mirim.



O principal objetivo da construção do forte era proteger o território contra os castelhanos.

Contudo na época da inauguração do forte, a mineração estava em declínio e o Real Forte Príncipe da Beira nunca entrou em combate, onde já não havia mas interesse por parte dos espanhóis.