sábado, 27 de setembro de 2014

Segunda Revolução Industrial – Aula de História Enem


Segunda Revolução Industrial

Podemos dizer que o processo de Revolução Industrial, na Inglaterra, passou por duas fases bem definidas. A primeira, que foi de 1780 a 1840, teve como principal foco a indústria do algodão. Foi uma fase de grande desenvolvimento no setor industrial e de expressivo lucro.
A partir da década de meados do século XIX, os primeiros sinais de crise desta fase começaram a surgir. Não havia mais mercado para o crescimento desta indústria, o que gerou uma grande crise econômica na Inglaterra, devido à queda vertiginosa do lucro obtido. Isto afetou os demais setores industriais, pois a manufatura do algodão consistia na base industrial inglesa.
Em busca de novas alternativas a fim de superar a crise econômica, o aperfeiçoamento das máquinas a vapor, por volta de 1820, foi um grande incentivo à nova fase industrial na Inglaterra.
A Segunda Revolução Industrial se iniciava. As indústrias de bens de capital, de ferro, de carvão e de aço cresciam com o desenvolvimento da malha ferroviária no país. A construção de ferrovias disseminou-se pelo mundo todo, até cerca de 1885. As novas ferrovias eram construídas com capital inglês, matéria-prima, equipamentos e também com a mão de obra especializada inglesa. Estes fatores contribuíram para mais investimentos da Inglaterra no exterior, gerando o que chamamos de fase neocolonialista ou imperialista inglês.

Crise

Após a euforia industrial, por volta de 1873, começou-se a sentir os primeiros sinais de crise. Devido à queda de consumo e aumento de concorrência, uma grave crise econômica foi sentida por todos os países do globo.
O monopólio industrial tornou-se prática comum e, com isso, formavam-se os cartéis (associações de empresas do mesmo ramo que estabeleciam regras para o mercado). Isso revolucionou a lógica industrial, uma vez que as pequenas indústrias perdiam espaço no mercado, em concorrência às grandes corporações e cartéis. Houve um desenvolvimento desigual do capitalismo, concentrando a renda apenas nas nações que possuíam maior desenvolvimento industrial. Assim, França, Inglaterra e Estados Unidos passaram a controlar 85% do capital mundial.

A Segunda Revolução Industrial e suas consequências

A mudança da lógica industrial ocorreu principalmente na relação entre a indústria e a ciência. Na primeira fase da revolução industrial, notava-se o maior desenvolvimento de técnicas relacionadas diretamente com o trabalho. Já na segunda fase, observa-se que este desenvolvimento passou a estar atrelado diretamente à tecnologia e ciência. Máquinas mais complexas, novas matérias-primas, como a borracha e petróleo, revolucionaram a pesquisa científica.
Desta forma, no fim do século XIX, observa-se uma verdadeira revolução tecnológica, com o surgimento de motores elétricos, primeiras lâmpadas elétricas, aperfeiçoamento do telefone e do telégrafo sem fio e o uso do petróleo como combustível.
A produção em massa tornou-se cada vez mais presente nas indústrias e, com o decorrer da Segunda Revolução Industrial, é possível afirmar que os Estados Unidos da América (EUA), ex-colônia britânica, passaram a disputar os mesmos mercados dos países europeus, provocando uma grande revolução política.

Desafios

Questão 01

A Segunda Revolução Industrial contribui imensamente ao desenvolvimento tecnológico no século XIX. Podemos apontar algumas invenções, entre elas:

a) Máquina a vapor e telégrafo.

b) Motores elétricos e lâmpadas elétricas.

c) Ferrovias e telefone sem fio.

d) Extração de metais e metalurgia.

e) Celulares e computadores.

Questão 02

Pode-se afirmar que a segunda fase da Revolução Industrial afetou demais países do globo, não ficando restrita apenas à Inglaterra. Entre eles, um país destacou-se ascendendo economicamente, gerando uma grande mudança na política global. Qual é este país?

a) França

b) Espanha

c) Holanda

d) Inglaterra

e) Estados Unidos da América (EUA)

Questão 03

Sobre a Segunda Revolução Industrial é INCORRETO afirmar que:

a) implementou nas indústrias as linhas de montagens, esteiras rolantes e o método de racionalização da produção em massa, chamado de fordismo.

b) possibilitou o desenvolvimento de grandes indústrias e concentrações econômicas, que culminaram nos “holdings”, trustes e cartéis.

c) a utilização da energia elétrica e do petróleo possibilitaram a intensificação do desenvolvimento tecnológico, permitindo a sua produção em grande escala.

d) estabeleceu uma nova e acirrada disputa entre as grandes potências industriais que buscavam o aumento de seus lucros e uma saída para seus excedentes de produção e capitais.

e) caracterizou-se pelos avanços ultrarrápidos, que resultaram na obsolescência também veloz especialmente na microeletrônica, na robótica industrial, na química fina e na biotecnologia.

Questão 04

O sucesso de um país na concorrência capitalista por mercados dependia dos seguintes fatores:

a) Posição geográfica, nível cultural e poderio militar.

b) Nível de industrialização, ível cultural e poderio militar.

c) Nível tecnológico, nível cultural e poderio militar.

d) Nível tecnológico, disponibilidade de capital e poderio militar.

e) Nível cultural, nível biotecnológico e poderio político.

Questão 05

Todas as alternativas apresentam mudanças que caracterizam a Revolução Industrial na Inglaterra do século XIX, exceto:

a) A aplicação sistemática e generalizada do moderno conhecimento científico ao processo de produção para o mercado.

b) A consolidação de novas classes sociais e ocupacionais, determinada pela propriedade de novos fatores de produção.

c) A especialização da atividade econômica, dirigida para a produção e para o consumo paroquial e familiar.

d) A expansão e despersonalização da unidade típica de produção, até então baseada principalmente nas corporações de ofício.

e) O redirecionamento da força de trabalho das atividades relacionadas à produção de bens primários para a de bens manufaturados e serviços.

Nenhum comentário:

Postar um comentário